sábado, 23 de agosto de 2008

Stuart Mill

“Constitui injustiça pessoal retirar a qualquer um, a menos que seja para prevenir mal maior, o privilégio comum de que lhe contem a voz na decisão dos negócios em que tem o mesmo interesse que os demais. Se é obrigado a pagar, se podem forçá-lo a combater, se lhe exigem implicitamente obediência, deve ter legalmente o direito de saber para quê, de lhe pedirem consentimento, ou de lhe contarem a opinião pelo que vale, embora tão-só pelo seus justo valor. Não devem existir párias em nação civilizada e inteiramente desenvolvida, nenhuma pessoa incapacitada, exceto por culpa própria. Qualquer indivíduo fica degradado, perceba-o ou não, quando outros indivíduos, sem consultá-lo, chamam a si poder ilimitado para regular-lhes o destino (...) Nenhum arranjo dos sufrágios, portanto, pode ser permanentemente satisfatório quando dele se exclui permanentemente qualquer pessoa ou classe, e quando não se faculta o privilégio eleitoral a todas as pessoas de maior idade que desejem obtê-lo” (“Governo Representativo”, 1861).

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